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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Até onde vai o amor ao próximo?

Após várias sessões de terapia, há algum tempo atrás, num momento muito conturbado de minha vida (uma separação), um traço de minha personalidade ficou muito marcado: o outro ocupar o primeiro lugar nas minhas prioridades. É, isso mesmo, o outro, os outros, qualquer pessoa a quem eu me relacionava como família, marido e amigos.

Durante e após esse período de acompanhamento psicológico, percebi o quanto esquecia de mim, da minha própria vontade, dos meus desejos. Aprendi uma frase: "O desejo do outro não é o seu desejo". Parece simples, mas naquele momento isso me fez questionar muitas fatores pessoais e profissionais, me fez refletir sobre o que realmente me fazia sentir melhor ou o que era apenas mais confortável.

Percebi que as expressões que eu mais repetia no meu dia a dia eram: "tanto faz", "qualquer coisa", "pode ser"; e a que nunca dizia era "NÃO!" Comecei a entender o porquê de minha opinião e meus sentimentos sobre algo a ser feito, não serem necessários para algumas pessoas.  Entendi o motivo de tudo ter acontecido da forma como aconteceu e descobri o principal culpado de tudo isso: EU!

Como pude me comportar por tanto tempo de minha vida como alguém que queria vestir a camisa de boa moça, a boazinha, por não contrariar? Nesse momento, não foram poucas as vezes que ouvi a frase: "Nossa, mas ela era tão boazinha, o que está acontecendo agora?" O problema é confundir ser boa com ser boba!

É... hoje ainda me vejo, em alguns momentos, pensando primeiro no outro e depois em mim. Mas hoje isso acontece de forma muito consciente, quando realmente acho que deve ser assim. Na maior parte do tempo, porém, eu estou em primeiro lugar na ordem de prioridade.

Outro dia, conversando com minha mãe sobre isso, disse que talvez essa seja uma consequência da educação que tivemos. Não é incomum , entre nossa família, dizer: "Tadinho(a)!" ou "Ele(a) fez isso mas não é uma pessoa ruim..." Fomos educados a amar o próximo e fazer o bem, mas isso deve ter limites.

Mas até onde vai o direito do outro? E o nosso próprio, onde começa? E onde fica nosso amor próprio?

E você, já se viu agindo assim?

M. Fernandes

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